26/11/2021

Por Ecam

Ecam realiza evento de encerramento de mais uma etapa dos programas Novas Tecnologias e Compartilhando Mundos

Ecam realiza evento de encerramento de mais uma etapa dos programas Novas Tecnologias e Compartilhando Mundos

Programas apoiaram mais de 200 comunidades tradicionais da Amazônia Legal em levantamentos e análises de dados socioeconômicos

No próximo dia 2, acontecerá o evento online de encerramento de mais uma etapa dos programas Novas Tecnologias e Compartilhando Mundos. As iniciativas somam quase 15 anos de trabalho ao lado de comunidades tradicionais da Amazônia Legal, com a realização de levantamentos e análise de dados socioeconômicos para apoiar as comunidades na busca pela autonomia e desenvolvimento sustentável. As ações são fruto da parceria entre as organizações Ecam, USAID, CONAQ, Google Earth Solidário, Imaflora e Natura. 

Tudo começou em 2007, quando o povo Paiter Suruí entrou em contato com a Google Earth Solidário para a construção de um mapeamento cultural de sua região, com o uso da ferramenta Google Earth – o objetivo era manter a floresta em pé e preservar a história e cultura do povo Suruí. A experiência deu tão certo que o projeto, que passou a ser chamado de Novas Tecnologias, foi ampliado para outras comunidades da Amazônia e inseridas novas ferramentas para apoiar nas coletas de dados e trazer visibilidade às comunidades, como a ODK e YouTube.

“Além da experiência com o povo Suruí, tivemos cerca de 230 jovens quilombolas capacitados nas ferramentas, que por sua vez replicaram o conhecimento e chegaram a mais de 800 pessoas aplicando o Google Earth, ODK e Youtube em seus territórios. Esse é realmente um resultado incrível!”, ressalta Meline Machado, coordenadora de projetos na Ecam. 

Com o grande sucesso das atividades, o programa Novas Tecnologias partiu para a sua segunda fase de atuação, chamada de Compartilhando Mundos. Nessa etapa, as ações foram voltadas a auxiliar as comunidades nas análises dos dados e no uso estratégico das informações, para apoiar nas reivindicações das demandas identificadas pelas populações, nas áreas da saúde, infraestrutura, segurança alimentar, entre outras.

Um dos objetivos dos programas também sempre foi levar um formato adaptável às diferentes realidades das populações amazônicas, gerando resultados como o estudo “Quilombos e Quilombolas na Amazônia: Os desafios para o (re)conhecimento”, pesquisa realizada por mais de 100 comunidades quilombolas, de 6 estados da Amazônia Legal, que apresenta a realidade das populações e seus principais desafios. 

“Os programas oportunizaram que nós quilombolas produzíssemos os dados, as análises e o estudo sobre a nossa realidade, e não apenas fôssemos objetos de estudos. Outro fator muito importante foi o registro de dados relacionados à população quilombola na Amazônia, como o nosso comprometimento com a preservação do bioma e a ausência de políticas para a demarcação dos territórios. O estudo é o dado mais recente sobre a população quilombola na Amazônia Legal e chega para fortalecer ainda mais a nossa luta e a incidência política da CONAQ, tanto junto aos territórios, como aos parceiros”, destaca Maryellen Crisóstomo, quilombola e assessora de comunicação na CONAQ. 

Segundo a coordenadora dos Programas, Meline Machado, o mapeamento das políticas públicas e dos desafios nos acessos a essas políticas foi fundamental para apoiar as comunidades em suas ações. “É preciso fortalecer as comunidades e o movimento quilombola para seguir na reivindicação de políticas públicas adequadas à realidade das comunidades, e acredito que os programas tiveram impacto importante nessas reivindicações e fortalecimento dessas populações. Os programas também oportunizaram, junto aos parceiros, o fortalecimento das ações produtivas nos territórios quilombolas, indígenas e de pequenos produtores”, complementa Machado. 

Ao todo, os programas Novas Tecnologias e Povos Tradicionais e Compartilhando Mundos envolveram mais de 140 comunidades quilombolas e mais de 70 aldeias indígenas em suas ações, abrangendo 09 estados da Amazônia e uma área de cerca de 9 milhões de hectares.

E agora, para marcar o sucesso, o evento de encerramento, de mais essa etapa, vem para apresentar os resultados alcançados e compartilhar as experiências aprendidas, trazendo instituições como Ecam, Google, Natura, CONAQ, ARQMO, Malungu, CONAQ-AP, COEQTO, Equipe Guajarina, APIM, CGPH, USAID e Imaflora. O encontro será realizado no próximo dia 2, às 15h00, com transmissão ao vivo pelo Youtube da Ecam:  https://youtu.be/sovrFY8rZWQ

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