Sobre a Pecuária Sustentável

Sobre a Pecuária Sustentável

Fizemos um estudo apresentando o desenvolvimento de uma proposta metodológica, baseada em modelagem espacial de dados, aplicada à realização do diagnóstico e monitoramento da pecuária em 15 fazendas do extremo sul de Oriximiná-PA. O modelo de integração de dados executado com as ferramentas de geoprocessamento foi ponderado por especialistas em pecuária e meio ambiente.

A escolha por este tipo de modelo justifica-se pela necessidade de adotar uma perspectiva integrada dos componentes do fenômeno estudado, sobretudo por se tratar de sustentabilidade, como um processo de interações ambientais e sociais. Assim, a análise espacial multicritério, com técnicas de indexação por overlay, foi escolhida para viabilizar o desenvolvimento da pesquisa.

A partir dos dados obtidos, foram criadas três camadas – (i) adaptação às práticas de pecuária sustentável, (ii) socioeconomia e (iii) desmatamento – que somadas representam o diagnóstico das fazendas. O trabalho foi desenvolvido sob a hipótese de que quanto mais adaptadas às práticas de pecuária sustentável, maiores os indicadores de socioeconomia e menores os índices de desmatamento. O estudo revelou que as fazendas com maior número de práticas sustentáveis apresentam maior desenvolvimento econômico, mas os índices de desmatamento também estão muito altos nestas fazendas.

Além disso, o uso da análise multicritério se mostrou eficiente para preservar as devidas proporções de impacto para cada variável e as correlações existentes entre estas na composição do cenário estudado. O estudo evidenciou ainda áreas prioritárias de ação do programa Pecuária Sustentável em implementação no município.  

Quer saber mais? Da uma olhadinha no material que temos publicado – https://ecam.org.br/wp-content/uploads/2018/11/Muryel-Arantes_Artigo-pecuaria.pdf

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Mury Arantes
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Muryel Arantes é geógrafa, mestra em gestão ambiental e territorial e especialista em geoprocessamento. Apaixonada pela ciência geográfica e suas possibilidades de integração entre sociedade e natureza, sempre buscou um campo de trabalho que desse fluxo a esse fascínio. Se juntou à Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam), em 2013, ainda como voluntária, depois como analista socioambiental e hoje trabalha na coordenação de projetos. Acredita que a felicidade está numa trilha no Cerrado, seguida de um banho de cachoeira e uma galinhada com pequi.

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