Por Ecam
Capacitação em comunicação contribui para o fortalecimento da proteção de territórios quilombolas
Iniciativa promovida pela Ecam, teve como foco capacitar lideranças quilombolas e parceiros em técnicas essenciais de comunicação e engajamento.
A comunicação é uma ferramenta transformadora de ambientes e pessoas. Quando bem utilizada muda realidades e ajuda a dar visibilidade a territórios e comunidades tradicionais. Visando fortalecer lideranças quilombolas dos estados do Pará, Amapá, Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia e Maranhão, a Ecam promoveu no primeiro semestre de 2024, a Oficina de Comunicação e Engajamento.
Um dos beneficiários da iniciativa que mobilizou cerca de 30 participantes, de diferentes idades e atividades, foi Anderson Borralho, quilombola do município do Acará, no Pará. Formado em publicidade, o jovem nasceu e cresceu no quilombo de Monte Alegre. Ele que integra a equipe de comunicação da Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombo do Pará (Malungu), organização que atua em defesa dos direitos territoriais quilombolas, soube da oficina através das redes sociais.
“Decidi participar da oficina para alavancar meus conhecimentos sobre comunicação, para trabalhar isso dentro da minha comunidade quilombola de Monte Alegre e na Malungu. Já trabalhei em projetos de pesquisa e atualmente estou produzindo um documentário sobre as vivências e pertencimento étnico, que visa valorizar e evidenciar um pouco da cultura e dos costumes da comunidade que nasci. Já desenvolvo junto com alguns colegas atividades como filmes, jogos e debates e a oficina ajudou a reforçar bastante coisa” comentou Borralho.
Entre os conceitos debatidos na capacitação, o publicitário destacou sobre as especificações de visão, missão e valores, além da parte de criação de documentos institucionais, textos jornalísticos e construção de matérias, sobretudo na escolha de temas e abordagens. Para Anderson é muito importante democratizar a comunicação, levar esse conhecimento para outras pessoas que não têm acesso a informações.
“As comunidades quilombolas necessitam fortalecer cada vez mais a comunicação nos meios digitais da internet, tendo em vista que as comunidades quilombolas estão enfrentando diversas violações de direitos humanos em seus territórios. Fortalecer a comunicação é uma forma também de proteção dos nossos territórios, de nossas vidas e da preservação da nossa existência como povos tradicionais quilombolas. E assim, eu só tenho a agradecer, eu acho que o conteúdo foi muito importante para nós” ressaltou.
Anderson pretende aplicar os conhecimentos adquiridos no curso tanto na comunidade quilombola de Monte Alegre, como no trabalho do Malungu. Para ele, mais do que aprender algo novo é preciso compartilhar esse conhecimento com a comunidade, democratizando a comunicação como ferramenta de luta e visibilidade.
Oficina de Comunicação e Engajamento
A Oficina de Comunicação e Engajamento realizada pela Ecam, visou fortalecer a voz das comunidades quilombolas e dos defensores de direitos humanos. A iniciativa realizada de forma online, mobilizou cerca de 30 participantes de seis estados. A capacitação teve como objetivo apresentar aos participantes técnicas essenciais de comunicação e engajamento, visando ampliar sua capacidade de se comunicar com diferentes públicos e defender seus direitos, mostrando como a informação é uma ferramenta de empoderamento e transformação.
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