Por Ecam
Oficinas de dados e estatísticas de comunidades quilombolas terão continuidade em 2019
O projeto apresentou os dados que estão sendo levantados pelas comunidades em seis estados da Amazônia. O próximo passo é apoiar na análise desses dados socioeconômicos de mapeamento junto às comunidades e Conaq para pensar estratégias de uso das informações para políticas públicas
O programa Sharing Worlds (Compartilhando Mundos), promovido pela Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam) em parceria com a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), teve um balanço positivo em 2018 e, na reunião realizada entre as entidades no dia 29/11, ficou estabelecida a continuidade das ações em 2019. Um dos objetivos da próxima etapa é realizar oficinas de análise de dados, com uma instituição especialista (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados- IBPAD), nas comunidades quilombolas que fizeram os levantamentos ao longo dos anos 2017 e 2018.
A partir dessas oficinas, as comunidades podem pensar em estratégias de ações para as suas comunidades com um diagnóstico rico com informações sobre renda, educação, saúde e muito mais. Também apoiaremos a Conaq no uso das informações que acharem pertinente para o movimento quilombola.
Nos anos 2017 e 2018 (e a ser finalizado em 2019), foram coletados dados sobre socioeconomia e mapeamento em comunidades do Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima e Tocantins. Os levantamentos socioeconômicos e mapeamentos podem ser ferramentas primordiais para fortalecer as comunidades e dar voz a essas populações tradicionais. Além disso, muitas comunidades têm usado essas ferramentas para a construção de Planos de Gestão Ambiental e Territorial Participativa (ou Planos de Vida).
De forma mais abrangente, os levantamentos podem mostrar de forma concreta e sistematizada quem são estes quilombolas, o que querem, como vivem, suas diferenças e semelhanças. Isto, a partir de sua própria ótica e não de terceiros, com todas as etapas feitas por eles mesmos, desde a coleta dos dados até a análise e uso das informações.
O programa Sharing Worlds é uma segunda fase do Programa Novas Tecnologias que asseguram o total controle das próprias comunidades sobre os resultados de suas pesquisas.