Organizações se juntam para debater alternativas de fortalecimento da agricultura familiar

Webinar Nacional/Disponível no Youtube da Ecam (@Ecamequipe) e Conaq (@conaquilombos)

No último mês, organizações nacionais se reuniram para debater estratégias para o fortalecimento da Agricultura Familiar Quilombola. O evento contou com a participação de instituições públicas, privadas e do terceiro setor, no canal do YouTube das organizações Ecam e Conaq.

Após dois anos de levantamento de dados e produção de estudos situacionais em estados dos biomas Amazônia, Caatinga e Cerrado (acesse aqui), a Iniciativa da Agricultura Familiar Quilombola promoveu, no último dia 25, a apresentação dos dados dos diagnósticos de âmbito nacional. O evento apresentou os principais entraves para a prática da atividade nas comunidades quilombolas —  muitos deles relacionados à titulação de terra, inclusão produtiva e infraestrutura — e também alternativas de solução para o curto, médio e longo prazo.

Segundo Kátia Penha, coordenadora na Iniciativa, o encontro possibilitou às organizações conhecerem mais de perto as ações. “O webinar foi um momento muito importante para apresentar as organizações que trabalham com as comunidades quilombolas e que estão próximas à Conaq na articulação de políticas voltadas à agricultura familiar. Esse também foi um momento colaborativo porque as organizações levaram diferentes olhares sobre a importância desse trabalho, principalmente em relação à luta pela titulação dos quilombos para a permanência dos povos em seus territórios.”

Por meio dos webinars estaduais e nacional, a Iniciativa busca construir uma rede interinstitucional para apoio e reconhecimento das comunidades enquanto agricultoras familiares quilombolas e para fortalecimento de suas especificidades. Entre as organizações presentes estava o Ministério Público Federal (MPF), Incra, Instituto Socioambiental (ISA), Suzano e Instituto Clima e Sociedade (iCS). Além da Conaq, Ecam, que realizaram o evento em parceria com a Fundação Porticus. 

“Estamos lutando por essa agricultura, por territórios livres, ancestrais.  E vamos continuar derrubando as cercas, lutando por uma alimentação saudável e pela soberania alimentar do nosso povo. E que esses diagnósticos sirvam de referência para todas as comunidades e parceiros, pois foram construídos com todo cuidado, respeitando as especificidades de cada território”, finaliza Kátia Penha.

A Iniciativa da Agricultura Familiar Quilombola é desenvolvida pelas comunidades quilombolas e a Ecam Projetos Sociais, por meio de dois projetos: o Diagnóstico Macro Situacional da Agricultura Familiar Quilombola, realizado, em parceria com a CONAQ e Porticus, na Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Tocantins e Quilombo Mesquita (GO).  E também pelo projeto Quilombo Solidário: Renda e Produção, realizado com o Instituto Clima e Sociedade (iCS), CONAQ-AP e comunidades quilombolas de Rondônia, no estado do Amapá e Rondônia.

Assista ao Webinar Nacional na íntegra