Por Fernanda Costa
Estado do Pará recebe a última oficina do Programa ‘Compartilhando Mundos’
A última oficina do Programa Compartilhando Mundos aconteceu, entre os dias 06 e 08 de dezembro, na Comunidade Quilombola Espírito Santo do Ita, localizada no município de Santa Izabel (PA). O projeto é fruto dos Programas Novas Tecnologias e Povos Tradicionais e Compartilhando Mundos por meio de uma parceria entre a Equipe de Conservação da Amazônia (ECAM), a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas(CONAQ), o Google Earth Solidário e a Agência dos Estados Unidos para o desenvolvimento Internacional(USAID), que também é apoiadora financeira do projeto.
O primeiro dia de atividades da oficina decorreu em torno de apresentações de abertura, exposição do que já foi feito no projeto e dinâmicas que incentivassem os participantes a se ambientarem à oficina. Também no primeiro dia, a equipe de coordenação propôs iniciarem o primeiro bloco de análises “Quem Somos”.
O segundo dia de realização da oficina foi iniciado com a continuação de uma dinâmica do primeiro dia, as leituras das cartas do amigo anjo ajudou o grupo a desenvolver uma melhor entrosamento. O dia se estendeu com as análises dos blocos II e III nos quais apresentava dados sobre a infraestrutura e o trabalho das regionais e suas comunidades. As análises ficaram por conta do auxílio das representantes do Instituto Brasileiro de Pesquisas e Análise de Dados(IBPAD). Beatriz Delgado Val Franco Delgado Val Franco, uma das representantes do IBPAD, contou um pouco como foi a oficina:
“ O Intuito dessa oficina era fazer junto com os quilombolas uma análise de Dados coletados por eles no último ano, em que eles saíram a campo em comunidades espalhadas pelo norte. A ideia era retornar esse ano então às comunidades que foram à campo e coletaram esses dados, para que a gente pudesse sentar e entender os resultados das pesquisas e dos dados coletados e discutir se aqueles dados eram condizentes ou não com à realidade das comunidades, caso não fosse condizente, a gente abrir e entender o porquê e caso fosse condizente, compartilhar e ter esse momento de compartilhamento entre as comunidades para entender as especificidades e também as semelhanças dos problemas e das questões de identidade que elas enfrentam.”
O último dia das atividades contou com a análise do último bloco de análises “Nossos direitos e cidadanias” e também com uma oficina da ferramenta “Excel”, na qual os participantes puderam de forma dinâmica aprender um pouco como funciona a ferramenta e assim poder utilizá-la futuramente e contribuírem com suas comunidades e regionais de forma mais tecnológica. O cronograma do último dia foi também o que se concluiu mais rápido, as atividades se encerraram ao meio dia e contou com mais dinâmicas e brincadeiras, dessa vez, com um tom de despedida. Os coordenadores da oficina propuseram aos participantes expressarem suas impressões dos dias de atividades e também a elogiarem seus colegas de trabalho.
Lembrando que o programa esteve em mais de 140 comunidades tradicionais que vivem na Amazônia e teve o objetivo de auxiliar e orientar esses jovens para que possam entender a aplicação dessas informações e articular o uso estratégico de acordo com seus requerimentos e necessidades e fortalecer as comunidades para que possam colaborar mais ainda com a sua autonomia.
As comunidades quilombolas do estado do Pará são divididas em cinco regionais, são elas: Guajarina(I e II), Tocantina, Nordeste Paraense e Marajó.
Foto e texto: Nathalia Purificação (CONAQ)