Por Ecam
Ações continuadas envolvem a comunidade
Projetos normalmente tem data para finalizar suas ações. Os recursos são previstos por determinado tempo e seguem cronogramas apertados. Mas quando conseguem deixar legados positivos, os objetivos que antes eram dos projetos vão se multiplicando cada vez mais.
Desde 2006 a Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam) oferece Cursos de Formação de Guarda-Parques no estado do Amapá. Estimulada por essas formações, a Associação de Guarda-Parques do Amapá (AGPA) foi constituída em 2008. E gradativamente a AGPA e as comunidades vem desenvolvendo cada vez mais atividades de Educação Ambiental.
A Área de Proteção Ambiental (APA) da Fazendinha é um exemplo disso. Em parceria com a Ecam e com a AGPA, moradores do local organizam ações envolvendo crianças, jovens e mulheres. Sidiane, moradora do local, está à frente de várias dessas ações.
No dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, foi promovida uma programação voltada para as crianças. “Agora procuramos fazer as atividades periodicamente, para ver se não se perde nada. A gente consegue mudar a ideia de um adulto através de uma criança. A criança, ela muda muito a vida da gente”, afirma Sidiane. Por meio de músicas compostas pela própria Sidiane, as atividades do dia passaram mensagens sobre a importância da natureza e sobre o papel dos guarda-parques.
No final de semana seguinte, no dia 12 de junho, a atividade foi com os jovens. Ainda em 30 de abril, o grupo participou de três palestras. Discutiu-se sobre a importância da APA da Fazendinha para os comunitários e das ações dos guarda-parques, focando no papel que as mulheres podem desempenhar na função.
A terceira palestra foi uma oficina sobre Placas de identificação. Elas prepararam os jovens para as atividades do dia 12, quando os alunos a confeccionaram placas com os nomes das trilhas da APA da Fazendinha e com mensagens educativas. “Percebi os participantes entusiasmados e a vontade nestas atividades. Ficou a critério deles escolherem as mensagens e desenhos que seriam usados. Todos participaram fizeram o que acharam mais importe. As trilhas ganharam sua identificação. Isso ajudará muito quando for usa-las como ponto de referência ”, conta Arlison Kléber, da Ecam.
Para Sidiane, o envolvimento de diferentes grupos é fundamental para as ações serem bem sucedidas. Além disso, as palestras e atividades são muito gratificantes: “Quem não sabia o que era APA descobriu, quem não sabia a importância da APA veio a descobrir. Inclusive os jovens, eles são muito tímidos aqui da comunidade, só que no dia da palestra eles começaram a se soltar, começaram a dar contribuição, com suas opiniões a respeito da natureza”.