Por Ecam
Associação de Guarda-Parques do Amapá cada vez mais articulada
A Associação de Guarda-Parques do Amapá (AGPA) existe formalmente desde 2008. Depois de alguns anos sem muitas articulações, a Associação se reorganizou e potencializou o seu trabalho em equipe. Desde 2015 eles vêm desenvolvendo várias atividades, principalmente de educação ambiental.
O ano de 2015 teve um marco importante: o início das atividades do projeto “Capacitar para Conservar – Fortalecendo a Gestão de Áreas Protegidas no Estado Amapá”. O projeto é uma iniciativa da Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam), em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Universidade Federal do Amapá (Unifap) e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Amapá (Sema-AP), com apoio do Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Pelo projeto já foram realizados dois cursos de Formação de Guarda-Parques em 2015. Além disso, mais quatro serão realizados até 2017. O primeiro curso do projeto ocorreu ainda em agosto de 2015. Com ele, a AGPA ganhou novo ânimo. “Houve algumas reuniões extraordinária para informar aos membros associados a que ponto estava a situação da Associação. Depois do primeiro curso, deu uma alavancada no entusiasmo do pessoal. Percebi que a AGPA aproveitou o embalo do curso para dar uma aquecida nos guarda-parques”, lembra Arlison Kléber, da Ecam.
Desde então, o trabalho vem sendo realizado principalmente na Área de Proteção Ambiental (APA) da Fazendinha, próxima ao município de Macapá, capital do estado. Para Richard Lopes Pinheiro, atual presidente da AGPA, “a APA da Fazendinha está conhecendo a AGPA desde 2015, através de ações que planejamos para o local. Fico muito feliz hoje em ver a comunidade participando também. A APA hoje tem sua equipe de guarda-parques, juntamente com os voluntários, planejando ações junto com a comunidade. Isso é uma vitória nossa e dos parceiros. É o exemplo que queremos seguir para todas as Unidades de Conservação do estado”.
Por exemplo, no dia 30 de abril deste ano, foram apresentadas duas palestras para a comunidade: “A importância da APA para as comunidades” e “Protetores da APA”. Depois, o grupo participou de uma oficina de “Confecção de Placas de identificação de trilhas”. Essa oficina preparou a comunidade para uma gincana que ocorrerá no começo de junho, quando se comemora a Semana do Meio Ambiente. Cinco grupos produzirão placas de identificação para as trilhas da APA.
“Será feito uma votação para escolher a melhor placa para identificar a trilha principal. As outras quatro placas identificarão as trilhas secundárias. Acho que as atividades que estão acontecendo já começaram a envolver a comunidade. Mesmo com uma participação ainda tímida, começam cada vez mais a se envolver nesse universo da proteção. Com certeza, em longo prazo, a APA da Fazendinha dará muito orgulho”, afirma Arlison.
A AGPA sempre trabalha em parceira com instituições do estado, como a própria Ecam e o ICMBio. “Acho que esse elo permite que as atividades sejam elaboradas de forma tranquila e segura. Isso favorece as parcerias e o sucesso do objetivo. Todas as atividades realizadas pela AGPA tem o apoio da Ecam”, conclui Arlison.
Recentemente, a AGPA conquistou um importante avanço: está filiada à Federação Internacional de Guarda-Parques (FIG, na sigla em inglês). Francidete Santos e Nerivan da Conceição, ambos filiados à AGPA, participaram do Congresso Mundial de Guarda-Parques, realizado em maio, nos Estados Unidos. Receberam em mãos a carta de aceite. Esse processo de organização e fortalecimento institucional é fundamental para a AGPA. “Com a filiação à FIG esperamos ter ainda mais apoio em ações e capacitações, o que é muito importante para os guarda-parques”, projeta Richard.