Por Ecam
Capacitação da Ecam destaca comunicação como mecanismo na luta pelos direitos humanos
Oficina promovida pela organização fomentou a eficácia do uso das técnicas de comunicação e engajamento para mobilizar e fortalecer quilombolas.
Com a participação de lideranças e atividades quilombolas de seis estados do país, a Oficina de Comunicação e Engajamento realizada pela Ecam no final do mês de março, aconteceu dentro das atividades previstas no Projeto Comunidades Negras e Quilombolas pelos Direitos Humanos. A ação tem como objetivo qualificar a participação da população em situação de vulnerabilidade junto ao judiciário, assim a iniciativa busca contribuir de forma direta para a luta pela equidade, justiça e acesso a políticas públicas.
Uma das participantes da oficina foi Cimone Reis, marabaixeira e articuladora política da Conaq/Amapá, com atuação ativa junto ao coletivo de mulheres da entidade. Trabalhando diretamente com as comunidades tradicionais e quilombolas do estado, a mobilizadora conhece bem os desafios no âmbito da saúde, da educação, e da falta de saneamento básico e ainda o impacto que esses problemas ocasionam na vida dos moradores. E por conviver com essa realidade cotidiana, a quilombola tem buscado a efetivação das políticas públicas garantidas por lei para o seu povo, e a capacitação, cujo teve conhecimento por grupos de WhatsApp, despertou o interesse pela possibilidade de aprimorar seus conhecimentos e aprender mais sobre comunicação e engajamento.
“Os pontos da oficina que achei mais interessante foram sobre o combate as Fake News, problema que tanto afeta nossas comunidades. Na época da Covid, tivemos muitas informações falsas sobre a vacina do Covid, o que impactou a cobertura vacinal, exigindo um trabalho mais próximo de orientação junto aos quilombolas. Sem falar também das fake News durante todo processo eleitoral. Na prática temos que nos cercar de boas informações, consultando fontes seguras para poder fornecer uma informação mais precisa e correta para o nosso povo”, destacou.
A oficina de Comunicação e Engajamento da Ecam, foi significativa, já que os conhecimentos adquiridos permitirão que os participantes possam desenvolver estratégias mais coerentes à realidade dos territórios que atuam. Ao aprimorarem suas habilidades de comunicação, os mobilizadores que integraram a capacitação estarão mais aptos a dialogar com diversos públicos, defender seus direitos e impulsionar mudanças positivas na sociedade.
“Parabenizo a Ecam por pensar e realizar essa oficina com as lideranças e pessoas que se interessam em buscar mecanismos para ajudar a população das comunidades tradicionais quilombolas. Temos muitas comunidades sem acesso à energia e a internet, o que dificulta a veiculação de informações, que quase sempre chegam através de terceiros e são transmitidas de forma errônea. A capacitação mostrou vários mecanismos e alternativas para trabalhar a comunicação e o engajamento junto às lideranças, o que irá ajudar e muito nos nossos trabalhos “, finalizou.