01/07/2016

Por Ecam

II Oficina de Novas Tecnologias e Povos Tradicionais em Porto Velho

II Oficina de Novas Tecnologias e Povos Tradicionais em Porto Velho

Mais uma vez representantes indígenas de diversas etnias e de diferentes locais do Brasil sereuniram em Porto Velho. Suruí, Arara, Cinta Larga, Tembé, Yanomami. Eles acompanharam aII Oficina de Novas Tecnologias e Povos Tradicionais, que ocorreu de 27 a 29 de julho noCentro de Formação do Kaninde.

O Programaojeto Novas Tecnologias e Povos Tradicionais promove capacitações e trocas de experiências sobre o uso das ferramentas Open Data Kit (ODK) e Google Earth para apoiar oetnomapeamento e monitoramento dos territórios tradicionais como instrumentos naimplementação da Politica Nacional de Gestão Ambiental e Territorial Indigena (PNGATI). É resultado de uma parceira entre a Associação do Povo Paiter Suruí Metareilá e  GoogleEarth Solidário. Também são parceiros a Google Brasil, Associação de Defesa Etnoambiental(Kanindé), o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) ea Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam). Apoiam a iniciativa Natura, Fundação Cultural Palmares e Porto Velho + Sustentável.

O reencontro ocorreu depois de 6 meses, já que em dezembro de 2015 também estiveram em Porto Velho, na I Oficina. Os mais de 40 participantes indígenas presentes se dividiram em duas turmas, para discutirem o que já haviam sido feito, as dificuldades encontradas e as soluções possíveis. Também revisaram as técnicas de uso do ODK e do Google Earth.

Luan Suruí participou dos dois encontros. Em entrevista a uma rede de televisão local, ele enfatizou que “essa nossa experiência é muito importante para nós. Junto com a tecnologia a gente pode defender a nossa área, mapear o nosso território, publicar nossa cultura e diversidade de nossa terra”.

Com o conhecimento e os equipamentos para usarem o ODK e o Google Earth, os participantes indígenas e suas comunidades podem levantar informações que considerem relevantes. Isso colabora com a construção de estratégias de gestão territorial, produção e geração de renda, além de registrarem histórias de cada povo.

“O uso destas ferramentas pelas comunidades tradicionais apoia a implementação de politicas publicas e a construção dos planos de gestão pelas comunidades, possibilitando uma visibilidade maior sobre as oportunidades e desafios que eles enfrentam ”, afirma Vasco von Roosmalen, Diretor da Ecam.

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