Organizações assessoradas pelo Programa Territórios Sustentáveis aprovam projetos em fundo regional

O ano de 2017 começou com uma boa notícia para organizações de Terra Santa e Faro: pela primeira vez quatro delas tiveram projetos aprovados pelo Fundo Juruti Sustentável. Essas organizações, além de outras nove que também submeteram projetos, participaram de oficinas de formação oferecidas pelo Programa Territórios Sustentáveis.

As propostas foram submetidas ao Fundo Juruti Sustentável, que financia iniciativas de empreendedorismo rural, juventude, resíduos e biodiversidade. O Fundo selecionou 13 projetos comunitários, totalizando R$ 250 mil. Além de contemplar ações no próprio município de Juruti, pela primeira vez também foram contemplados projetos em outros municípios.

O Programa Territórios Sustentáveis promove desde julho de 2016 oficinas de formação voltadas para fortalecimento organizacional de associações, grupos e coletivos. Quatro já foram realizadas: uma sobre Políticas Públicas e três sobre elaboração e gestão de projetos, com ênfase em indicadores de resultados e gestão de recursos.

“O Edital/2017 do Fundo Juruti Sustentável foi uma boa oportunidade para as organizações sociais com as quais trabalhamos. São projetos com valores menores, o que facilita a sua gestão. Além disso, permitiu a participação de grupos e coletivos não constituídos formalmente. Ao elaborarem seus projetos as organizações ganharam experiência e colocaram em prática os conhecimentos adquiridos nas Oficinas que oferecemos”, comenta Renata Freire, coordenadora do componente Capital Social do Programa Territórios Sustentáveis.

O Programa Territórios Sustentáveis dará todo apoio na fase de execução e gestão dos projetos. Ao longo de 2017 estão previstas diversas oficinas e atividades técnicas, criando um processo contínuo de formação e assessoria para as organizações da sociedade civil de Faro, Oriximiná e Terra Santa.

Conheça alguns dos projetos

Normelia Maciel faz parte da Associação de Mulheres de Terra Santa. Trabalhando em equipe, tiveram dois projetos aprovados. Um pelo Centro Cultural Maré de Dendê Capoeira e outro pelo Grupo Cultural Dança e Coreografia Os Assanhados. “Nosso principal objetivo nos dois projetos é resgatar jovens e crianças e desenvolver o gosto pela música e pela atividade corporal através da capoeira, o respeito ao próximo e ao meio ambiente e valores éticos”, conta Normelia. Lembrando-se das oficinais oferecidas pelo Programa territórios Sustentáveis, ela acrescenta que “não faltamos em nenhuma. Ali nos transmitiram muito bem o assunto para nosso entendimento e ficaram disponíveis sempre que precisamos, tirando dúvidas e nos orientando. Os projetos já são frutos desse trabalho parceiro”.

A Associação de Moradores da Área de Conservação e Entorno Flota Faro (AMACEFF) também teve o seu projeto aprovado.  Joerison Fulter, que atualmente é representante da AMACEFF no Conselho Gestor da Floresta Estadual (Flota) Faro, aposta no sucesso desse projeto.  “O nosso projeto partiu de uma necessidade de envolver os nossos jovens no associativismo, na gestão das nossas atividades. Aí a gente teve como referência o povo Hixkaryana que são nossos vizinhos. Eles têm um movimento de luta bem participativo, todos conseguem compartilhar seus planejamentos e conseguem efetivar suas demandas. E o nosso projeto vai promover justamente um intercâmbio etnocultural com eles. O objetivo é fazer com que os jovens tenham participação efetiva nas atividades da associação, da gestão da unidade, dos projetos que estão sendo desenvolvidos dentro da unidade. Futuramente nós precisamos ter representantes jovens envolvidos”.