Por Fernanda Costa
Quilombolas de Cachoeira Porteira realizam validação do seu Plano de Gestão Territorial
O território quilombola de Cachoeira Porteira, titulado em 2018 pelo Instituto de Terras do Pará (Iterpa) possui renda diversificada entre o turismo de base comunitário e o extrativismo com a coleta da castanha do Pará, possui uma média de 145 famílias que residem nos 225 mil hectares de terra, mas mesmo diante de tanta riqueza e com a conquista do título coletivo os moradores de Cachoeira Porteira estão pensando no futuro e nos dias 05 e 06 de outubro, estiveram reunidos em assembleia para debater a validação do Plano de Vida e Implementação do Fundo Quilombola.
Durante a assembleia foram validados os temas Cultura, Educação, Fortalecimento Institucional, Geração de Renda, Habitação, Meio Ambiente e Saúde, com prazo para concretização de até dez anos e revisão para cada dois anos, além de possíveis parceiros. Também fez parte da assembleia o início do processo de implementação do Fundo Quilombola com a escolha do nome dos integrantes do Conselho Gestor do Fundo composto pelo Coordenador, Mauricélio Ferreira Moda; secretário Claudemir Soares Franco (titular) e Raquel da Silva Santos (suplente); Conselho deliberativo, Nilcelena Cunha da Glória do Carmo, Rosineide Cordeiro Rocha e Janilo Antônio Pereira Valente.
A Construção do Plano de Vida em Cachoeira Porteira foi elaborado pelos moradores e representantes da Associação dos Moradores da Comunidade Remanescente de Quilombo Cachoeira Porteira (Amocreq-CPT) em agosto de 2018 e faz parte das ações do eixo Quilombola desenvolvido pela Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam) dentro do Programa Territórios Sustentáveis em parceria com a Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná (Arqmo).
O Programa Territórios Sustentáveis é uma iniciativa de gestão integrada gerida pela Agenda Pública, Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam) e Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) com apoio financeiro da Mineração Rio do Norte (MRN) e Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid).
Por Martha Costa